Dia 29 nos encontraremos na luta, nas ruas
Ninguém aguenta mais! Esses são os sentimentos coletivos que pairam sobre o Brasil: cansaço, dor, tristeza, desânimo. Tudo isso pode ser imobilizador, mas precisamos organizar nossa esperança, transformar nossa amargura em revolta.
E no dia 29 de maio, próximo sábado, ao que parece teremos revolta. Não no sentido inconsequente da palavra, mas no sentido ativo. Quem tem revolta se movimenta, quem tá revoltado tá inquieto. E a inquietação coletiva é o que estamos, todas e todos, precisando.
Bolsonaro está matando o Brasil. Eu estou cansada de ouvir isso e de repetir isso. Já escrevi isso aqui, de diferentes formas, uma centena de vezes. O presidente da república opera uma política de morte, bem explícita, não só em relação ao vírus da covid, mas também em todos os seus impropérios contra LGBTs, contra as mulheres trabalhadoras, contra os indígenas, contra a população preta e o povo favelado. Tudo que ele prega, para qualquer um desses grupos, é a morte.
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E isso nos cansa tanto. Ninguém aguenta mais Bolsonaro. Ninguém aguenta mais viver no fundo do poço que o Brasil se transformou nos últimos anos (e que só piora nos últimos meses).
Por isso vamos às ruas no dia 29! Vamos mostrar que o nosso cansaço, quando coletivo, se transforma em revolta popular. E revolta popular possui o poder de estremecer estruturas e mudar realidades. Chile e Colômbia, para dar apenas dois exemplos recentes, nos mostram isso. O povo é quem mais ordena, já dizia a clássica canção revolucionária portuguesa.

E nós vamos ordenar! Não existe clima para impeachment? Pois bem, esse clima começará a ser criado no sábado, pelo povo. Quem dita o clima são as ruas, vazias ou ocupadas. E no sábado elas estarão ocupadas pela nossa revolta coletiva e pelo nosso cansaço transformador.
Sábado, dia 29 de Maio. Ponha sua máscara no rosto e venha!
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Comunicadora de esquerda, feminista e ecossocialista.
Existe algum coletivo da baixada, especificamente de belford roxo envolvido nessa mobilização?